Os dados do país vizinho haviam sido divulgados no último dia 11 de janeiro e revelaram que a taxa anual de inflação tinha ultrapassado os 211% em 2023 — nível mais alto desde o início da década de 1990.
Já na última segunda-feira (22), foi a vez do Líbano anunciar que fechou o ano passado com inflação de 192,3%, quase 20 pontos percentuais abaixo do resultado da Argentina. As informações são do banco Credit Libanais.
Na América do Sul, a Venezuela também aparece na lista, com inflação de 189,8%, de acordo com o Banco Central venezuelano.
Mas a leitura da inflação em 2023 fez com que a Argentina ultrapassasse o país liderado por Nicolás Maduro, que por muito tempo foi o ponto fora da curva da América Latina em termos de inflação.
Embora a inflação alta tenha atormentado a Argentina durante anos, a taxa de aumento de preços está agora no nível mais alto desde o início da década de 1990, quando o país estava saindo de um período de hiperinflação, com os preços dos alimentos em alta particularmente rápida.
O presidente Javier Milei, um libertário que vem de fora do ambiente político e que chegou ao poder graças à raiva dos eleitores com a piora da situação econômica, está procurando empregar medidas de austeridade rígidas para derrubar a inflação, reduzir um déficit fiscal profundo e reconstruir os cofres do governo.
Mas Milei, que está no cargo há um mês, advertiu que isso levará tempo e que as coisas podem piorar antes de melhorar. Muitos argentinos estão reduzindo os gastos ainda mais, sendo que dois quintos já estão na pobreza.