A secretária informou que o “bugueiro” que conduzia o veículo envolvido no acidente que deixou uma turista internada em estado grave não é cadastrado pelo município, ou seja, ele realizou o passeio de maneira clandestina.
Zélia explicou que o município de Porto de Pedras faz a renovação dos alvarás dos “bugueiros” todo mês de janeiro com a solicitação de toda a documentação dos condutores dos veículos, inclusive com o pedido de nada consta em atestados criminais, além de toda a documentação do carro.
“É feita uma vistoria no veículo, isso sempre no mês de janeiro, e pelo que verificamos, esse condutor envolvido no acidente está irregular, ou seja, trabalha de maneira clandestina e não tem o nosso alvará”, disse a Zélia Cavalcanti ao 7Segundos.
Mais fiscalização
A Secretária de Turismo de Porto de Pedras, Zélia Cavalcante, lamentou profundamente o acidente e disse que, através da Prefeitura de Porto de Pedras, vai solicitar ao BPRv (Batalhão de Policiamento Rodoviário) a realização de mais blitze na região.
Ela informou que o tráfego de bugueiros nessa época do ano tende a aumentar drasticamente, com condutores vindos também de municípios vizinhos, como Japaratinga, Maragogi e São Miguel dos Milagres.
“Nós já pedimos a parceria do BRPv para intensificar a fiscalização e evitar que os motoristas clandestinos trafeguem livremente”.
Zélia Cavalcanti também informou que o município de Porto de Pedras treina as pessoas que trabalham com turismo na região para orientar o turista a só contratar um “bugueiro” com a documentação regularizada, mesmo procedimento que deve ser feito também com os jangadeiros.
“As pessoas também precisam pedir a documentação ao condutor desses veículos para se certificarem que eles estão no padrão. Quando a pessoa que presta o serviço está regular com sua documentação, esse sim a gente pode assegurar, esse passou por um teste, passou pela verificação da Marinha, como no caso dos jangadeiros, então nesse caso específico a gente não pode responder um “bugueiro” clandestino”, explicou Zélia.
Barato que sai caro
A Secretária disse ainda que muitos desses condutores de buggy que trabalham de maneira clandestina, baixam o preço para pegar mais clientes, mas o resultado pode ser muito danoso, como aconteceu com a turista do Mato Grosso.