A Polícia Civil indiciou um casal de proprietários e a gerente de uma ótica no centro de Cuiabá por suspeita de exercício ilegal da medicina, fraude na contratação de cartões de crédito e venda casada. O inquérito, conduzido pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), aponta crimes como falsidade ideológica, venda casada e crime contra as relações de consumo.
Os investigados, que podem enfrentar até 17 anos de prisão e multa, são acusados de direcionar funcionários a fraudar cadastros de cartões de crédito, contratar serviços em nome de clientes sem conhecimento deles e realizar consultas oftalmológicas sem qualificação. A investigação iniciou-se após suspeitas de exercício ilegal da medicina pelo proprietário da ótica, técnico em optometria.
As vítimas incluem um idoso diagnosticado erroneamente com necessidade de lentes de grau, resultando na contratação não autorizada de um cartão de crédito. Outra vítima, uma mulher, foi submetida a consulta com a proprietária da ótica, sem qualificação em oftalmologia, resultando na contratação não autorizada de serviços.
O casal, sob o pretexto de oferecer consultas gratuitas para pessoas de baixa renda, conduziu ações sociais em bairros carentes, vendendo consultas casadas com produtos da ótica. A polícia orienta cautela ao aceitar consultas gratuitas em tais eventos, destacando a importância de procurar médicos oftalmologistas confiáveis para evitar práticas fraudulentas.