O governador Mauro Mendes assinou o Decreto Lucas Veloso Peres, que obriga a gravação de todo o processo de treinamento das forças de Segurança do Estado de Mato Grosso.
O decreto foi assinado nesta sexta-feira (15.03), durante encontro com a família do jovem Lucas Veloso Peres, de 27 anos, que morreu em treinamento do Corpo de Bombeiros no dia 27 de fevereiro. O pai, a mãe, o irmão e a namorada de Lucas se reuniram com o governador no Palácio Paiaguás.
Mauro lamentou o falecimento do rapaz e garantiu que o Estado não medirá esforços para investigar o caso com rigidez.
“Eu só posso expressar meu profundo sentimento e humildemente pedir desculpas em nome do Governo de Mato Grosso. Sou pai de três filhos e consigo imaginar a dor de vocês, que não é igual a sentir a perda. Gostaria que esse encontro nunca tivesse acontecido dessa forma. Peço que Deus ajude a suportar essa dor. Garanto a vocês que vou exigir uma correta apuração do caso”, expressou.
A partir da publicação do texto do decreto, sugerido pelo deputado estadual Julio Campos, os treinamentos aquáticos de alto risco da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), do Corpo de Bombeiros Militar, das Polícias Militar, Judiciária Civil e Penal de Mato Grosso deverão ser gravados.
O pai de Lucas, Cleuvimar Veloso, relatou que o sonho do filho era ser bombeiro e que sua a missão agora é evitar que casos como esse aconteçam novamente.
“Ele era formado em engenharia mecânica e tinha um sonho em ser bombeiro. Eu jamais impediria isso. Infelizmente, um menino que poderia salvar vidas perdeu a sua. Nossa batalha agora é para que outras famílias não passem por isso”, afirmou.
Cleuvimar também agradeceu a prontidão e ajuda das autoridades. “Deus tem colocado as pessoas certas no nosso caminho. Todos se empenharam para que esse momento acontecesse".
A mãe de Lucas, Maria do Carmo Veloso, afirmou que o primeiro passo por mais justiça foi dado.
“O decreto é o início. A gente quer que essa medida seja ampliada para barrar de todas as formas o que aconteceu”, frisou.
O senador Wellington Fagundes, o deputado estadual Júlio Campos e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, também se reuniram com os familiares e acompanharam a assinatura do decreto.