Com o tema
"Discutindo o Brasil", o Movimento Conservador Endireita Brasil
promoveu um evento em São Paulo na última segunda-feira (15).
O deputado federal José
Medeiros (PL) foi o palestrante encarregado de defender a contagem pública dos
votos nas eleições, sendo o relator do projeto de lei 1.169/2015 que propõe
tornar o voto impresso e auditável.
O parlamentar advogou pela
proposta de recontagem física de votos como meio de assegurar transparência na
apuração eleitoral do país.
Medeiros argumentou que o
projeto é respaldado legalmente e visa aprimorar o sistema eleitoral,
proporcionando segurança jurídica aos eleitores, candidatos, partidos políticos
e à sociedade em geral.
Ele afirmou que o PL está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) devido à falta de interesse do presidente do colegiado, deputado Rui Falcão (PT-SP).
Os
argumentos apresentados por Medeiros já seriam suficientes para persuadir os
congressistas a aprovarem sem hesitação o projeto que propõe a recontagem
física dos votos.
Contudo,
para aqueles que resistem, apresento outros elementos fáticos e jurídicos que
fundamentam a proposta legislativa atualmente em discussão e aguardando
aprovação na Câmara dos Deputados.
O
princípio constitucional da publicidade, que guia a coisa pública em uma
República, implica transparência.
O
sistema eleitoral, enquanto instituição política, deve ser alvo de debate,
fiscalização, auditoria e, eventualmente, aprimoramento pelo soberano — o
verdadeiro detentor do poder, que é o povo, por meio de seus representantes
eleitos.
Não
é herético afirmar que o sistema eleitoral não é totalmente confiável,
especialmente em um mundo cibernético suscetível a ataques. Assim como o
sistema bancário e as transações online, o sistema eleitoral não está imune a
ameaças de vírus maliciosos ou hackers.
Proteger o sistema eleitoral, permitindo a contagem física dos votos em casos de suspeitas fundamentadas reconhecidas pelo Ministério Público Federal e pela própria justiça eleitoral, significa preservar e fortalecer a democracia e a representação popular.
Em resumo, significa respeitar a soberania do voto.