Uma alarmante mudança na tributação está afetando diretamente os brasileiros que ganham 2 salários mínimos, levando a União Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional) a lançar uma campanha de alerta e denúncia sobre a situação.
A atualização da tabela de isenção do imposto de renda, que não acompanhou o aumento de 10,16% no salário mínimo em 2024, resultou em uma cobrança indevida para essa faixa de renda.
A renda das pessoas que ganham 2 salários mínimos passou de R$ 2.640 para R$ 2.824 em virtude desse aumento, mas a tabela de isenção não foi corrigida proporcionalmente.
A faixa de isenção permanece em R$ 2.112, fazendo com que aqueles que ganham até R$ 2.640, anteriormente isentos, voltem a ser tributados, agora recolhendo R$ 13,80 de imposto todos os meses.
A Unafisco Nacional destaca a incoerência dessa situação, afirmando que o governo vendeu a ideia de isenção para quem ganha até 2 salários mínimos, mas a realidade é outra.
Mauro Silva, presidente da associação, classifica a situação como um absurdo, ressaltando que o governo está penalizando aqueles que ganham menos, incluindo aposentados e pensionistas do INSS.
A denúncia da Unafisco aponta uma defasagem de 134% na isenção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2024. O valor para o não pagamento de imposto deveria ser de R$ 4.942, beneficiando 13,6 milhões de pessoas e gerando uma economia de R$ 202 bilhões aos trabalhadores.
Lula prometeu - A promessa feita por Luiz Inácio Lula da Silva durante sua campanha, de subir a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, está longe de ser cumprida.
A falta de alinhamento entre a declaração de Lula e as decisões efetivas sobre a isenção levanta questionamentos sobre a transparência do processo.
O compromisso de isenção até R$ 5.000 foi adiado e parece não estar nos planos imediatos do governo, causando ainda mais preocupação entre a população afetada por essas mudanças tributárias.
Diante dessa realidade, a Unafisco Nacional alerta para a urgência na correção da tabela do IRPF, de modo a refletir adequadamente a realidade inflacionária e proteger a parcela da população que está sendo impactada negativamente por essa tributação injusta.